quinta-feira, 1 de março de 2012

Até quando o preconceito?

Por Guto Monte Ablas

Wallace foi vítima de preconceito na partida contra o Vivo/Minas (Foto:Globo Esporte)


Na partida de ontem entre Vivo/Minas e Sada/Cruzeiro, existia a expectativa de um grande jogo, valido pela oitava rodada do returno da Superliga 2011/12. O duelo valia a disputa por posições importantes na reta final da fase de classificação. Tinha tudo para ser um jogão, vitória do Minas, de virada, por 3x2.

Mas outra vez o Vôlei foi deixado de lado por uma atitude de uma minoria de indignos deste esporte que sempre orgulhou e honrou o Brasil em competições.

No jogo de ontem, quando o Sada/Cruzeiro estava em vantagem no placar, uma torcedora, se é que podemos chamá-la assim, proferiu insultos racistas contra o oposto.


Assistir uma atitude desta natureza é inaceitável em qualquer setor de nossa sociedade, em pleno século XXI, ainda mais em se tratando de esporte, que tem uma função sócio-educativa.


Lamentável!

Na última temporada, o central Michael do Vôlei Futuro também foi vítima de preconceito, desta vez voltado a sua opção sexual.

Nossa país já tem problemas demais ligados ao preconceito e ver o esporte também ser afetado por isso é algo que só podemos repudiar.

E essa é a posição da Equipe Expressão do Vôlei que é contra qualquer ato de preconceito dentro do esporte ou fora do esporte, seja o vôlei, futebol, handball, basquete ou qualquer outro setor da sociedade.

Nós também nos solidarizamos com o jogador Wallace, que tem um futuro promissor no Cruzeiro e ainda, pela seleção, dará muitas alegrias a torcida brasileira, inclusive a esta "individuo" que se diz torcedora, que vibrará muito com os pontos do "Cubano".

A assessoria do Sada/Cruzeiro manifestou apoio a Wallace, lamentando o ocorrido. Afirmou ainda o pedido ao delegado que registrasse o fato no relatório do jogo, enquanto o Vivo/Minas colocou nota oficial repudiando e lamentando o fato, ressaltando que se tratou de manifestação individual que não podia ser controlada pelo clube e que não reflete a filosofia do clube, podendo inclusive, gerar a exclusão da sócia. A CBV também se manifestou repudiando qualquer ato de preconceito e lamentando o ocorrido. Ainda, afirmou buscar documentos para analisar o caso e, se necessário, encaminhar o caso a Justiça Desportiva.

Lembrado que de acordo com o Artigo 13-A, no inciso V, do Estatuto do Torcedor temos a previsão de condição para acesso e permanência na praça desportiva, que o participe "não entoe cânticos racistas"

Procurado por nossa equipe, o ponteiro, através de sua assessoria disse que não falará mais sobre o assunto e manterá o foco dentro da Superliga visando o bom resultado do Sada/Cruzeiro no final da primeira fase e nos playoffs.

Força Wallace, o Brasil está com você!

Abaixo a música "Racismo é Burrice" do Gabriel, o Pensador (Dê pause no player ao lado para ouvir)




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