sábado, 31 de março de 2012

Vôlei Futuro vence Unilever e leva série para terceira partida

Por Carlos Ramos


As mais de onze mil pessoas (recorde de público da Superliga 2011/2012) que estiveram presentes hoje pela manhã no ginásio do Maracanãzinho não foram suficientes para empurrar a equipe da casa. Após uma partida emocionante, que só foi resolvida no quinto set, o Vôlei Futuro bateu a Unilever, com parcias de 25/22, 22/25, 20/25, 25/23 e 7/15.

O primeiro set começou com muito equilíbrio, diferentemente do que aconteceu na partida anterior, em Araçatuba. O primeiro distanciamento no placar ocorreu após um rali, que terminou com um erro de Paula Pequena e com a equipe carioca abrindo 16 a 14. Daí em diante a Unilever conseguiu manter uma vantagem razoável, fechando o set em 25/22.
Paula Pequeno não começou bem o segundo set. A jogadora continuava a errar bolas fáceis, assim como Fernanda Venturine, que oscilava entre jogadas geniais e levantamentos de difíceis conclusões para as companheiras. A equipe paulista chegou a abrir distância no placar, mas os dois aces seguidos de Carol deixaram o jogo igualado. No fim, o grande trabalho do bloqueio do Vôlei Futuro falou mais alto e a equipe paulista fechou a parcial em 23/25, com o último ponto sendo marcado por Paula Pequena, em grande ataque.

A torcida carioca começou empurrando a Unilever no terceiro set. A energia da torcida rendeu resultados para as comandadas de Bernardinho, que abriram 5 a 2, no início, e 8 a 3, sendo essa a maior distância no placar entre as equipes até então. Porém, o bom início não se manteve na continuação do set. Os erros na recepção começaram a se tornar mais frequentes e a equipe de Araçatuba empatou a parcial em 8 a 8, virando logo em seguida. Joycinha, com grandes ataques, e Ana Cristina, com ótimos levantamentos e ousadas bolas de segunda fizeram o Vôlei Futuro virar o jogo, com uma parcial de 20/25.

O Vôlei Futuro poderia fechar a partida em três a um, mas o jogo ainda preparava fortes emoções para todos os presentes ao Maracanãzinho. O quarto set foi marcado por pontos emocionantes, conquistados na técnica e na garra das jogadoras. “Time de Guerreiras”, gritava a torcida quando a bola caía na quadra das paulistas. Paula Pequeno, com uma atuação melhor do que no início da peleja, atacava com toda a sua força. Do outro lado, Fabi e companhia defendiam com a alma e devolviam para o outro lado.

A equipe de Paula chegou a abrir 19 a 15, deixando quase sem esperanças aqueles que torciam pela Unilever. Porém, quando todos já não esperavam, o empate veio. E veio da forma mais incrível possível. Em um rali. A bola ia e voltava, voltava e ia novamente, sem nunca tocar no chão. Fabi, do lado de fora da quadra, se contorcia, se jogava no chão, vibrava, sozinha, a cada lance do ponto, que acabou no chão do Vôlei Futuro. Assim como o ponto, as cariocas levaram o set, e, por conseguinte, a partida foi para o quinto capítulo.

Os momentos mágicos, vibrantes, inesquecíveis que a torcida presente ao Maracanãzinho viveu junto com as jogadores na quadra foi para o ralo na última parcial. Os erros e a recepção deficitária voltaram a atormentar a Unilever. 8 a 2 para o Vôlei Futuro logo de cara. 

Os torcedores fecharam a cara. E, logo em seguida, a equipe paulista fechou o set, em 7/15, 
e o jogo. Game, set and match. Na próxima sexta, às 21h, Unilever e Vôlei Futuro voltam a se encontrar para definir, de uma vez por todas, quem enfrentará o Sollys/Osasco na final da Superliga Feminina.



Foto: Divulgação

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