As mais de onze mil pessoas (recorde de público da
Superliga 2011/2012) que estiveram presentes hoje pela manhã no ginásio do
Maracanãzinho não foram suficientes para empurrar a equipe da casa. Após uma
partida emocionante, que só foi resolvida no quinto set, o Vôlei Futuro bateu a
Unilever, com parcias de 25/22, 22/25,
20/25, 25/23 e 7/15.
O primeiro set começou com muito equilíbrio,
diferentemente do que aconteceu na partida anterior, em Araçatuba. O primeiro
distanciamento no placar ocorreu após um rali, que terminou com um erro de
Paula Pequena e com a equipe carioca abrindo 16 a 14. Daí em diante a Unilever
conseguiu manter uma vantagem razoável, fechando o set em 25/22.
Paula Pequeno não começou bem o segundo set. A jogadora
continuava a errar bolas fáceis, assim como Fernanda Venturine, que oscilava
entre jogadas geniais e levantamentos de difíceis conclusões para as
companheiras. A equipe paulista chegou a abrir distância no placar, mas os dois
aces seguidos de Carol deixaram o jogo igualado. No fim, o grande trabalho do
bloqueio do Vôlei Futuro falou mais alto e a equipe paulista fechou a parcial
em 23/25, com o último ponto sendo marcado por Paula Pequena, em grande ataque.
A torcida carioca começou empurrando a Unilever no
terceiro set. A energia da torcida rendeu resultados para as comandadas de
Bernardinho, que abriram 5 a 2, no início, e 8 a 3, sendo essa a maior
distância no placar entre as equipes até então. Porém, o bom início não se
manteve na continuação do set. Os erros na recepção começaram a se tornar mais
frequentes e a equipe de Araçatuba empatou a parcial em 8 a 8, virando logo em
seguida. Joycinha, com grandes ataques, e Ana Cristina, com ótimos
levantamentos e ousadas bolas de segunda fizeram o Vôlei Futuro virar o jogo,
com uma parcial de 20/25.
O Vôlei Futuro poderia fechar a partida em três a um, mas
o jogo ainda preparava fortes emoções para todos os presentes ao Maracanãzinho.
O quarto set foi marcado por pontos emocionantes, conquistados na técnica e na
garra das jogadoras. “Time de Guerreiras”, gritava a torcida quando a bola caía
na quadra das paulistas. Paula Pequeno, com uma atuação melhor do que no início
da peleja, atacava com toda a sua força. Do outro lado, Fabi e companhia
defendiam com a alma e devolviam para o outro lado.
A equipe de Paula chegou a abrir 19 a 15, deixando quase
sem esperanças aqueles que torciam pela Unilever. Porém, quando todos já não
esperavam, o empate veio. E veio da forma mais incrível possível. Em um rali. A
bola ia e voltava, voltava e ia novamente, sem nunca tocar no chão. Fabi, do
lado de fora da quadra, se contorcia, se jogava no chão, vibrava, sozinha, a
cada lance do ponto, que acabou no chão do Vôlei Futuro. Assim como o ponto, as
cariocas levaram o set, e, por conseguinte, a partida foi para o quinto
capítulo.
Os momentos mágicos, vibrantes, inesquecíveis que a
torcida presente ao Maracanãzinho viveu junto com as jogadores na quadra foi
para o ralo na última parcial. Os erros e a recepção deficitária voltaram a
atormentar a Unilever. 8 a 2 para o Vôlei Futuro logo de cara.
Os torcedores
fecharam a cara. E, logo em seguida, a equipe paulista fechou o set, em 7/15,
e
o jogo. Game, set and match. Na próxima sexta, às 21h, Unilever e Vôlei Futuro
voltam a se encontrar para definir, de uma vez por todas, quem enfrentará o
Sollys/Osasco na final da Superliga Feminina.
Foto: Divulgação
Nenhum comentário:
Postar um comentário